Para celebrar o Dia Mundial de Combate ao Uso de Drogas nesta segunda-feira (26.06), o Estádio Independência foi palco da “Partida Pela Vida” – um jogo de futebol com times formados por pessoas em reabilitação contra o uso de drogas em comunidades terapêuticas de todo o Estado e por profissionais que trabalham com o tema. A ação foi realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio da Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas.
Quatro times foram formados e duas partidas de 30 minutos aconteceram. O torneio também fechou a programação da Semana Estadual de Prevenção ao Uso e Abuso de Álcool e outras Drogas, que se encerra também nesta segunda, dia 26. Mas vale lembrar que, neste ano, especialmente, as comemorações e alertas da semana serão prorrogados até o início de julho em algumas cidades mineiras.

O presidente do Sindicato dos Árbitros de Minas Gerais, Ronaldo André Bento, foi o responsável pelas regras dos jogos. A subsecretária de Políticas Sobre Drogas da Sesp, Patrícia Magalhães, deu o chute inicial da partida.

. A subsecretária de Políticas Sobre Drogas da Sesp, Patrícia Magalhães, deu o chute inicial da partida.

“Decidimos realizar a partida de futebol para comemorar esse dia, porque o esporte é eficiente em todas as etapas de combate às drogas: prevenção, tratamento e reinserção. É uma forma de fazê-los refletir sobre a importância que cada um tem para além dos entorpecentes e mostrar que todos podem buscar novas formas de prazer, assim como as proporcionadas pela atividade física”, ressalta a subsecretária.

Gol de placa

O futebol vai além da atividade física, porque trabalha a mente e o comprometimento do grupo para alcançar o mesmo fim: o gol. Valdo Antônio, 33 anos, sabe disso e da importância que a família, os colegas e a equipe da Comunidade Água Viva tiveram na sua reabilitação.

Na busca por uma nova forma de viver os sonhos que a droga tirou e resgatar os laços perdidos, ele, driblou a dependência química, adquirida aos 11 anos de idade. Valdo conta que não foi fácil colocar álcool, maconha, cocaína, êxtase, LSD e crack para escanteio; mas em 2011 ele passou por um tratamento na Comunidade Água Viva e conseguiu um gol de placa. “Hoje, eu atuo como voluntário na instituição como forma de gratidão e busco dar apoio aos usuários e familiares atendidos”, avalia.

Por: Dayana Silva

Fotografia: Carlos Alberto